sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cherie e a historia do espartilho



O espartilho não era só polêmica entre o público, mas também entre a própria banda. Em Edgeplay, Cherie dá a entender em seu depoimento que viu a lingerie numa loja e que as Runaways decidiram que seria uma boa idéia comprá-lo para Cherie vestir. Mas o depoimento de Jackie dá a entender o contrário: que o espartilho não era bem visto pelas demais membros por apelar para um lado sensual que a banda não queria tomar. Afinal, elas queriam ser reconhecidas por sua música de qualidade e não por serem bonitas e sensuais. Lita Ford diz também no documentário que o espartilho mandava a mensagem errada e trazia atenção demais para algo que não era o foco. Kim Fowley, no entanto, diz que nunca teve a intenção de fazer de The Runaways uma banda sensual e que achava que o espartilho era algo “esportivo”. muito estranho isso! esportivo? hum.

A questão é que Cherie fazia trocas de roupa entre as músicas por conta do tempo em que passava sem fazer nada no palco. Porque, apesar de ser a vocalista principal, Joan Jett fazia vocal solo em uma quantidade considerável de músicas (nessa época, “You Drive Me Wild”, “Blackmail”, “Take It or Leave It”, “Rock ´N´Roll”, etc). Além disso, em músicas como “Johnny Guitar” onde o solo de guitarra guiava por vários minutos, Cherie se via no palco sem muito o que fazer. A troca de roupas vinha como um passa tempo nos shows e ela passou a usar o espartilho em “Cherry Bomb”. Em sua autobiografia, ela diz que no palco se sentia a verdadeira Cherry Bomb e não mais Cherie Currie.

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